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Voltar | Castelo de Folgosinho | História
Folgosinho, actualmente freguesia do concelho de Gouveia, distrito da Guarda, província da Beira Alta, vila antiquíssima e sede de concelho até 1836, fica situada na encosta norte da serra da estrela, a 933 metros de altitude, a 11 quilómetros de Gouveia, a 45 da Guarda e a 60 de Viseu, com varias quintas moinhos e casais dispersos pela vasta serra.
Esta povoação de difícil acesso e fácil defesa, nos primórdios da sua existência, quase inacessível, antes da abertura da estrada nacional, em 1914, que a liga a Nabais e segue para o Freixo, nasceu e cresceu entre dois pólos opostos, o castelo e o Outeiro, dois possíveis castros pré-históricos, com a igreja Matriz, a Praça e as Casas da Câmara, ao centro, para onde convergem todas as ruas, atalaia vigilante das invasões inimigas, sobretudo dos Sarracenos e Leoneses, formando com Linhares e Celorico da Beira um triângulo defensivo contra as arremetidas do inimigo, pelo vale do Mondego.
O Rei D. Sancho I deu-lhe foral em 1187, tendo em vista, sobretudo, a sua posição chave, na estratégia defensiva da Beira .
Por força deste foral e dos que se seguiram, a vila de Folgosinho e seu termo eram "Terra de El - Rei", tendo mais tarde, como donatários, os marqueses de Arronches, depois os duques de Lafões.
Após a reformulação de 1836, Gouveia tornou-se a sede de concelho de 21 Freguesias, entre as quais Folgosinho.
Esteve sempre na comarca da Guarda, mas em 1852 estava na de Gouveia, em 1862, na de Celorico da Beira e a partir de 1878 ficou na de Gouveia.
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Esta povoação, com um termo vastíssimo de 5 233 Hectares, confirmado pelo foral de 1187, em que predominam os "maninhos" com 3 700 hectares, aproveitados, até 1940, para pastagem dos gados, produção de cereais, lenhas, carvão e madeiras, ultimamente foram abrangidos pelo regime florestal e encontram-se, em parte, povoados de pinheiros e outras espécies silvícolas, plantados pelos Serviços Florestais e, anteriormente pelas Juntas de Freguesia e pela Câmara Municipal de Folgosinho.
O seu termo, objecto constante de "Correcções", pelos oficiais da Câmara de Folgosinho, como adiante mostraremos, confina a Norte com Melo, Vila Cortês, Freixo da Serra e Figueiró da Serra; a Nascente, com Linhares, Videmonte, Vale de Amoreira, Famalicão e Valhelhas; a Sul com Sameiro e Manteigas e a Poente com Manteigas, Gouveia, S. Paio e Nabais.
Sobranceira e majestosa, ergue-se a Nascente e Sul, uma enorme cordilheira em que sobressaem os montes de S. Domingos (1270m), S. Tiago (1490m) e a Santinha (1590m), donde descem três ribeiras que, na sua passagem, movem moinhos e irrigam as margens declivosas e profundas, seguindo em direcção a Melo e ao Freixo: a dos Limites, a das Moitas e a da Fórnea que mais á frente vão engrossar o caudal do Mondego que já passou na Assedace, abraçou Celorico da Beira e inflecte, pressuroso, em direcção a Coimbra onde pára, para ouvir as canções dos estudantes e os gemidos das guitarras coimbrãs, em noites de fados e serenatas, e vai finalmente precipitar-se, no Oceano, na Figueira da Foz, extenuado da longa caminhada.
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A situação altaneira de Folgosinho permite-lhe oferecer um espectáculo deslumbrante a perder de vista, no horizonte infindo, pintalgado de inúmeras povoações dos concelhos de Mangualde, Gouveia, Fornos de Algodres e Celorico da Beira, mas, se subirmos a S. Tiago, Viseu e Guarda oferecem-se acolhedoras aos nossos olhos extasiados de tanta beleza e imensidão.
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Hoje o clima é mais suave e regular, os ares continuam finíssimos e lavados, as águas que vêm da serra puras, frescas, cristalinas e abundantes, o turismo de montanha e de habitação como a gastronomia tradicional que atrai permanentemente milhares de turistas, tem aqui potencialidades inesgotáveis.
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In « Leonel Abrantes - Vila de Folgosinho - Folgosinho 1993 »
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